Eu estava hoje em meu ônibus da faculdade e comecei a pensar em algumas coisas...
Me assento ao lado de pessoas que não conhecem ao Jesus que eu conheço; elas vivem na disposição da mentalidade carnal delas (Rm 1:28). Elas falam palavrões, têm atitudes impuras, desagradáveis e não ligam para isso. Um velho ditado diz: “Diga-me com quem tu andas e eu te direi quem tu és”. Seria eu um impuro ou deturpado por andar com essas pessoas? Será que eu não deveria me assentar ao lado delas e compartilhar de coisas inocentes só porque, no meio destas, eles envolvem coisas impuras? Deveria eu, como alguém separado para a Obra por Cristo Jesus não me envolver com elas, não brincar e não compartilhar de momentos engraçados com ela porque isso seria mal aos olhos daqueles que me veem e sabem o Deus que eu sirvo?
Bem, O Melhor Amigo falou comigo quando cheguei em casa. Cá estou.
Ele queimou em mim para vir até aqui, depois de muito tempo inerte nesta obra. Quão gloriosa é a Mentalidade e Perfeição do Senhor!
Amigo, se aquele ditado [“Diga-me com quem tu andas e eu te direi quem você é.”] fosse a maneira mais verdadeira de se julgar as coisas, eu confesso que teria medo de descobrir o que os judeus e gentios, romanos e gregos, falavam de Jesus. Porventura Jesus andou com alguém que prestava? Ora, o Seu discípulo amado, aquele que reclinava sua cabeça em Seu Colo era também chamado de “filho do trovão” devido ao seu temperamento (Jo 13:25; Mc 3:17).
Eu perguntei sim ao Espírito Santo - Aquele a Quem me recuso de chamar pelo Nome, mas prefiro em chamar pelo Apelido -, o Nosso Melhor Amigo, sobre isso. Eu não poderia compartilhar de momento com meus amigos, mesmo que eles arrotem impurezas por toda a viagem da faculdade até a minha casa, por que não me convém, por que devo passar uma visão santa sobre mim para pessoas? Uma ira santa se acende dentro de meu peito por saber, agora, que alguém possa pensar assim.
Entenda: mais louco do que as pessoas verem uma santidade exterior em mim, é elas verem a santidade interior que vive dentro de mim! A maior virtude e testemunho que um cristão pode dar sobre Jesus não é quando ele se abstém das coisas para parecer santo e ser agradável aos olhos das pessoas, mas quando ele consegue, através da ação de Jesus dentro de si, viver em meio à sujeira, mas sem se sujar! O mistério da garça precisa ser entendido no coração dos filhos de Deus: a garça anda em meio a lama, mas não suja as vestes.
Não, não há problema em brincar com meus amigos enquanto eles falam palavrões, o problema verdadeiro está quando meu coração compartilha destas coisas. A roda dos escarnecedores não é eu estou, mas onde meu coração está (se não, qualquer lugar seria uma roda dos escarnecedores). Há uma mentalidade de inferioridade no meio dos filhos hoje, eles acham que o ambiente muda a santidade que há dentro de deles, quando, na verdade, o que acontece é o contrário: a santidade que está dentro deles purifica o ambiente. Responda-me: desde quando trevas escurecem a luz?
A Santidade não é estabelecida através de nossas atitudes, isso é santificação. A santificação é uma resposta à Santidade estabelecida pelo Sangue do Cordeiro. Somos santos quando somos lavados pelo Sangue, e, agora que lavados, buscamos a santificação diária para que possamos progredir na Santidade de Jesus.
Se as pessoas olharem para nós, que elas não vejam um “crente” que se esconde para não se sujar com o pecado, mas que vejam cristãos de verdade, que sabem compartilhar de momentos bons de maneira pura e sem se manchar com a mancha do pecado. Uma vida verdadeira com o Jesus não é vivida longe do pecado, mas no meio do pecado, todavia, sem compartilhar com ele.
Você consegue se assentar junto a publicanos e pecadores e COMPARTILHAR UMA REFEIÇÃO COM ELES? A resposta que bater em seu coração mostra o tipo de cristão que você é: fariseu ou messiânico.
Deus abençoe! Até a próxima!
